segunda-feira, janeiro 30, 2017

- ars longa, vita brevis -
Hipócrates

 
olá a todos. hoje não há "antes e depois". A vida está cara e eu não tenho tido nem tempo, nem internet, para falar a verdade. Uma vez que nos estamos a aproximar desse dia (Dia dos Namorados)pelo qual o comércio anseia, trago-vos antes um post sobre anéis. Na verdade, este é um post sobre poder e sobre o poder de um sobre o outro, bem como sobre o poder social do casamento. Porque esta coisa de casar por amor é relativamente recente e veio com os romances de cavalaria. As pessoas sempre sentiram isto; o amor não foi inventado na Idade Média. Mas o amor romântico não era necessário para casar. Aliás, o casamento não tinha nada a ver com o amor. Era um contrato onde o que importava era garantir a descendência, a subsistência das partes, e que tudo se mantivesse na ordem pré-estabelecida. Aliás, a ideia do amor romântico é um mito, como se pode ler aqui, neste link que a ana me enviou. Hoje o amor romântico está em decadência: toda a gente o quer, mas tê-lo é careta, é limitativo e, claro, uma carga de trabalhos! Toda a gente tenta compreender o que sente. Mas se o amor está na cabeça, porque é que o sentimos no coração? É que parece que é mesmo no coração, quando se trata, no fundo, de uma opção tomada dado um conjunto de circunstâncias que vão do nosso estado de espírito ao cheiro da outra pessoa. Nada mais casual, portanto. Hoje o amor romântico já não é o que era... o amor romântico deveria ser altruísta, mas é cada vez mais egoísta. Pensa-se "eu quero que me amem", mas não "eu quero amar". Não pensem que sou muito experiente nisto, pelo amor de Deus! Aliás, Deus - ou o divino - está presente neste amor romântico, embora este seja um princípio que sirva bem os prósitos do catolicismo pois o amor romântico cria relações mais duradouras e por isso, menos passíveis de uma ruptura ou de se basearem no lado físico, somente. Mas sim, existe alguma coisa de divino, de muito humano (no sentido de Humanidade) no amor romântico. Faz-me lembrar aquele texto do Livro da Sabedoria (vou citar de memória):
"A Sabedoria brilha sem perder a verdade e... Quem a busca desde a Aurora, não se fatigará, pois há-de encontra-la sentada à sua porta. Meditar sobre ela é prudência consumada e quem lhe consagra as suas vigílias depressa ficará sem cuidados..."
Ou seja: tudo tem um tempo para acontecer. Se não aconteceu, então é porque ainda não era o tempo para tal. O amor romântico, parolo ou não, tem um tempo.




















Michael Wolgemut
Portrait Diptych: Hans VI Tucher
1481













Michael Wolgemut
Portrait Diptych: Hans VI Tucher (pormenor)
1481





















Michael Wolgemut
Portrait Diptych: Ursula Tucher
1481


























































Nuremberg Master
Double Portrait of Berthold V and Christina Schmidtmayer
1475







































Nuremberg Master
Double Portrait of Berthold V and Christina Schmidtmayer (pormenor)
1475




























































Durer
Portrait of Hans XI Tucher
1499



Durer
Portrait of Hans XI Tucher (pormenor)
1499
 
Elsbeth nãoo era casada com Hans XI, mas com Nicolas Tucher. 
 
 


































Durer
Portrait of Elsbeth Tucher
1499
Staatliche Kunstsammlungen, Kassel













Durer
Portrait of Elsbeth Tucher (pormenor)
1499

Staatliche Kunstsammlungen, Kassel