domingo, julho 29, 2012

bem... vou dormir

quinta-feira, julho 26, 2012


- não vai mais vinho para essa mesa -

o efeito Relvas:






terça-feira, julho 24, 2012

- original soundtrack -


















A tornado flew around my room before you came
Excuse the mess it made, it usually doesn't rain
In Southern California, much like Arizona
My eyes don't she'd tears, but, boy, they bawl

When I'm thinkin' 'bout you
(Ooh, no, no, no)
I've been thinkin' 'bout you
(You know, know, know)
I've been thinkin' 'bout you
Do you think about me still?
Do ya, do ya?

Or do you not think so far ahead? (Ahead)
'Cause I been thinkin' 'bout forever (Oooh, oooh)

Or do you not think so far ahead? (Ahead)
'Cause I been thinkin' 'bout forever (Oooh, oooh)

No, I don't like you, I just thought you were cool
Enough to kick it
Got a beach house I could sell you in Idaho
Since you think I don't love you, I just thought you were cute
That's why I kiss you
Got a fighter jet, I don't get fly it, though

I'm lyin' down thinkin' 'bout you
(Ooh, no, no, no)
I've been thinkin' 'bout you
(You know, know, know)
I've been thinkin' 'bout you
Do you think about me still?
Do ya, do ya?

Or do you not think so far ahead? (Ahead)
'Cause I been thinkin' 'bout forever (Oooh, oooh)

Or do you not think so far ahead? (Ahead)
'Cause I been thinkin' 'bout forever (Oooh, oooh)

Yes, of course
I remember, how could I forget?
How you feel?
And though you were my first time
A new feel
It won't ever get old, not in my soul
Not in my spirit, keep it alive
We'll go down this road
'Til it turns from color to black and white

Or do you not think so far ahead? (Ahead)
'Cause I been thinkin' 'bout forever (Oooh, oooh)

Or do you not think so far ahead? (Ahead)
'Cause I been thinkin' 'bout forever (Oooh, oooh)

(Thinking about you, Frank Ocean)
- o carteiro -

mais-do-mesmo-que-é-para-o-pessoal-se-habituar-a-posts-chatinhos-grandes-e-com-coisas-que-não-interessam-a-ninguém-Ai-meu-deus-que-eu-devia-estar-a-estudar-e-não-estou-estou-aqui-a-escrever-no-blog-enquanto-dou-explicação-Então-cá-vai-Se-não-for-mais-nada-ficam-a-saber-tudo-aquilo-que-nunca-queriam-saber-sobre-religião-nem-tiveram-vontade-de-perguntar-mas-eu-respondo-porque-não-tenho-mais-nada-para-fazer.

e eis que após alguns "episódios" das prefigurações surge o primeiro caso "estranho". Muitas aspas para dizer o seguinte: talvez por algum zelo prosélito de quem me mostrou isto, fiquei com a sensação que por cada cena do Novo Testamento do Speculum, era possível encontrar 3 cenas do Antigo Testamento que anunciavam o que se passaria no Novo. Era isso que aocntecia, por exemplo, com a Anunciação do anjo a Maria. No enatnto, e com a investigação que vou fazendo - limitada pelo meu parco conhecimento das fontes e pelo facto de não ter acesso a muitas dessas fontes - percebi que nem sempre isto acontecia. Se calhar, quem me explicou pretendia que a vinda do Salvador estivesse já anunciada no Antigo Testamento, mas se assim era, não o era para todos os casos do Speculum. (A esta altura do campeonato não vou explicar o que era o Speculum. Apenas dizer que já estudámos aqui no Belogue as passagens que vão dos esponsais da Virgem ao Nascimento de Jesus. Hoje é a vez da Epifania.)



















A Epifania, ou adoração dos Magos, é um tema de que o Cristianismo gosta muito, mas que, quando retratado pelos artistas, pouco tem a ver com a versão dos evangelhos. Em nenhuma das versões deste episódio é referido que um dos magos era negro, ou que traziam os presentes referidos ou até que se ajoelharam e beijaram o pé do menino. Essas são ideias posteriores e acrescentadas pelos apócrifos. Acho que já disse isto. Mateus fala de magos, mas não de reis, e não diz o número, mas tão somente os presentes que levam. Como neste evangelho Mateus diz que os magos ofereceram ouro, incenso e mirra, ficou subentendido que eram três. Esses magos, antes de terem encontrado Jesus "nas palhinhas", disseram a Herodes que tinham seguido uma estrela. (Mt 2, 1-11). Marcos não fala do nascimento de Cristo, Lucas fala no nascimento de Cristo, da adoração dos pastores, mas não da dos magos e João não fala de nada disso.

A imagem da Epifania do Speculum é acompanhada das seguintes: Os magos vêem uma estrela, três heróis levam água a David da Nascente de Belém e o Trono de Salomão. O que nestas três prefigurações me intriga é a primeira. É de facto uma prefiguração uma vez que a visão da estrela antecede o encontro dos Magos com Cristo acabado de nascer. No entanto, não é uma cena da Antigo Testamento a anunciar um acontecimento presente apenas no Novo, como aconteceu até aqui. É-me por isso difícil fazer estabelecer a relação, ainda que óbvia com a Epifania. Mas li, que este acontecimento da estrela de Belém, está relacionada com o episódio - do Antigo Testamento - sobre a estrela de Jacob que foi profetizada por Balaão. Em Nm 24, 17-18 (A.T.) lemos o seguinte, dito por Balaão: "Vê-lo-ei, mas não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacob e um cetro subirá de Israel, que ferirá os termos dos moabitas, e destruirá todos os filhos de Sete." Vemos aqui várias alusões a Jesus, já que, segundo Lc 3, 34, Jesus era da descendência de "Judá de Jacob, e Jacob de Isaac, e Isaac de Abraão, e Abraão de Terá, e Terá de Nacor"; ou seja, como diz Balaão, virá alguém da casa de Jacob e esse alguém pode ser Cristo. Esta ideia é corroborada pela presença da estrela que depois surge também no episódio relatado por Mateus em que os Magos seguem a estrela e chegam até Cristo.


















Os três heróis que levam água a David podem ser encontrados em II Samuel 23: 16-17 que diz o seguinte: "Então aqueles três poderosos romperam pelo arraial dos filisteus, e tiraram água da cisterna de Belém, que está junto à porta, e a tomaram, e a trouxeram a Davi; porém ele não a quis beber, mas derramou-a perante o Senhor. E disse: Guarda-me, ó Senhor, de que tal faça; beberia eu o sangue dos homens que foram com risco da sua vida? De maneira que não a quis beber; isto fizeram aqueles três poderosos." Ora David tem um desejo: o desejo de beber a água da cisterna de Belém. Não é de outra fonte, é daquela e na bíblia encontramos referências a esta fonte como por exemplo em Tiago 3, 11 ou em João 10, 9. Este episódio conta que após grandes e duras batalhas David acampou perto de Belém. Porém a cidade estava tomada pelos exércitos dos filisteus, o que não permitia grandes movimentações. Mas David sentiu este desejo de beber aquela água específica. Foi então que três dos "valentes do rei" se disponibilizaram para ir buscá-la, arriscando a própria vida. David não a bebe, oferece-a antes em sacrifício a Deus como forma de agradecimento pelo facto de os seus companheiros continuarem vivos e também como forma de redimir o seu "pecado" pois ao decidir expor o desejo que sentia David, ainda que de forma inconsciente, colocou a vida daqueles homens em risco. Associo esta oferta de três homens, à oferta dos três reis magos ficando assim feita a relação entre a cena do Novo Testamento (Epifania) e a do Antigo.



O último episódio do A.T. que pode ser considerado um anúncio, uma antevisão do N.T. é o trono de Trono de Salomão. Este episódio é mais explorado em outros escritos que na Bíblia, mas encontramos referência a ele em I Reis 10. Ali se explica como a rainha do Sabá, vendo toda a sabedoria do rei Salomão, lhe envia ouro e especiarias que também chegam das naus de Hirão que de três em três anos voltavam trazendo ouro, marfim, pavões e macacos. Com o ouro Salomão construiu, entre outras coisas, um trono com seis degraus e doze leões dourados, feito em marfim e revestido de ouro. "Fez mais o rei um grande trono de marfim, e o revestiu de ouro puríssimo.Tinha este trono seis degraus, e era o alto do trono por detrás redondo, e de ambos os lados tinha encostos até ao assento; e dois leões, em pé, juntos aos encostos. Também doze leões estavam ali sobre os seis degraus de ambos os lados; nunca se tinha feito obra semelhante em nenhum dos reinos. " (I Reis 10, 18-20). Em outras fontes o trono está mais detalhado. Assim teríamos, no primeiro degrau, de um lado um leão e do outro um boi, no segundo um lobo e uma ovelha, no terceiro um tigre e um camelo, no quarto uma águia e um pavão, no quinto, um gato e um galo e no sexto um falcão e uma pomba. No cimo do trono encontrava-se representada uma pomba a segurar nas garras um falcão, simbolizando assim a vitória de Israel sobre os outros povos. Cada um destes pares de animais representava a oposição entre duas naturezas: o leão e o boi representam o sol e a lua, o lobo e a ovelha representam o coração impuro e o coração puro, o tigre e o camelo representam a agressão e o sacrifício, a águia e o pavão representam os que se superam e os que ficam presos à sua vaidade, o gato e o galo representam igualmente o alto voo e a luxúria, a vaidade, o falcão e a pomba representam a coragem e a doçura. Ora de quem forma pode tudo isto ter relação com a Epifania? Na altura em que o Speculum foi elaborado, associava-se muitas vezes Maria ao trono de David, pois tal como no trono de David se sentava um rei, no colo de Maria sentava-se Cristo. Vemos que quando os Magos vêem o menino, ele está muitas vezes sentado no colo da mãe. 
















Amiguinhos, bou embora escreber outro post queu hoje tou cum tudo, cumu dizem os brasileiros.
- ars longa, vita brevis -
hipócrates

olá minha gente. aqui está mais um antes de depois. desta vez o que vos trago é um pouquinho diferente. estava a ver umas pinturas do Zurbarán, uma naturezas-mortas e passei por algumas pinturas de santas. e embora não tenha descoberto as minas de sabão amarelo, dei-me conta que ele pintou várias santas na mesma posição. Esta é uma tipologia criada e seguida pelo pintor e que se caracteriza pela representação da santa/mártir de corpo inteiro, retrato de perfil, com destaque para os trajes ricos e típicos de uma jovem do século XVII. Tentei fazer este post organizando as imagens consoante as datas de realização dos quadros, mas em alguns casos isso foi mais difícil, razão pela qual aparecem pela ordem em que aparecem. A santa Casilda e a santa Isabel de Portugal são muito semelhantes: tanto num caso como no outro orientam o corpo para a direita, levantam o traje e em ambos os casos, leva no traje algo. Santa Casilda (filha do emir de Toledo e que se converteu ao cristianismo às escondidas do pai) está associada com a transformação milagrosa do pão em rosas, tal como Santa Isabel da Hungria e como santa Isabel de Portugal. O rosto de Santa Casilda é mais suave do que o de Santa Isabel que me lembra muito o rosto de Dona Carlota Joaquina, a rainha espanhola na corte portuguesa, cerca de 2 séculos mais tarde.


Associo depois a Santa Ágata com a Santa Doroteia: têm a mesma inclinação da cabeça, seguram ambas cestas (no caso de Santa Doroteia, um cesto com flores e frutas e no caso de Santa Ágata os seus seios num prato). Santa Ágata nasceu na Sicília e decidiu permanecer virgem durante toda a sua vida e dedicá-la a Cristo. No entanto teve de passar algumas provações infligidas pelo prefeito de Sicília: foi enviada para um bordel, mas escapou sem mácula, foi torturada (os seus seios foram cortados), mas sobreviveu. Curiosamente Santa Ágata é a protetora das parteiras e dos fundidores de sinos devido à semelhança entre o aspecto dos sinos e dos seios femininos. Santa Doroteia era de Cesareia e era uma jovem cristã, rica cujos pais foram martirizados. Decidiu permanecer virgem e dedicar-se a Deus. Se é verdade que a sua fama lhe granjeou muitas simpatias entre os cristãos, também alertou as autoridades romanas que não viam com bons olhos a independência e constância da jovem. Após alguns episódios, foi condenada a morrer decapitada. O seu atributo (cesto com flores e frutos) está relacionado com uma lenda segundo a qual teria enviado do céu flores e frutos para um dos representantes do poder romano que havia escarnecido dela e do "seu" Deus.


Por fim, faço a associação entre Santa Margarida e Santa Marina pois ambas possuem a mesma orientação, chapéu, um bordão de caminheiro e uma bolsa muito semelhante. A lenda apócrifa da vida e morte de Santa Margarida de Antioquia diz que foi perseguida por Diocleciano e decapitada. Apesar da santa ser da Antioquia, Zurabarán pintou-a como se fosse espanhola; em concreto, como se fosse uma pastora espanhola, algo que se confirma pelo seu traje. Nesta representação do pintor espanhol podemos ver um dragão que ela derrotou com o sinal da cruz. Segundo me lembro, Santa Margarida que aparece no retrato dos Arnolfini, era também a padroeira das grávidas. Segundo a lenda, a história de Santa Marina é diferente. Trata-se de uma santa espanhola, filha de um casal pagão, mas que foi educada por outra família segundo a crença cristã. Quando mais tarde foi apresentada ao seu pai (que era governador), foi persuadida a negar a sua crença, mas não aquiesceu e acabou martirizada. Li que Santa Marina era a versão grega de Santa Margarida, mas a verdade é que as duas histórias são diferentes, não obstante de facto a semelhança entre as duas representações de Zurabarán. Neste caso o pintor retratou a santa como espanhola, porque ela é de facto espanhola.


Quanto a nós, peço desculpa por isto não estar nenhuma maravilha, mas sabem... dou muitas explicações de geometria, passo muito tempo sozinha a investigar coisas para o curso e a escrever coisas minhas. Por isso, mesmo que muitas vezes queira ser mais criativa, não consigo, porque neste momento ando muito concentrada em coisas concretas, não tenho estímulos visuais nem literários. O que leio e vejo é muito técnico. Bem, vou embora. Até à próxima e portem-se bem: façam os deveres, respeitem os pais, lavem os dentes antes de ir para a cama e façam as vossas orações.
Zurbarán
Santa Casilda
1630
Thyssen Bornemisza, Madrid

Zurbarán
Santa Margarida
1631
National Gallery, Londres

Zurbarán
Santa Ágata
1630-1633
Museu Fabre, Montpellier

Zurbarán
Santa Isabel
1638-1642
Museu do Prado, Madrid

Zurbarán
Santa Doroteia
1640

Zurbarán
Santa Marina
1650
Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid
- não vai mais vinho para essa mesa -



Annibale Carracci
Júpiter e Juno
Palácio Farnese, Roma



Mantegna
Agony in the Garden
c. 1459
National Gallery, Londres




Perugino
Christ Handing the Keys to St Peter
1481-82
Capela Sistina, Vaticano


Velazquez
Mars, God of War
c. 1640
Museo del Prado, Madrid
- não vai mais vinho para essa mesa -

terça-feira, julho 17, 2012

- não vai mais vinho para essa mesa -

gosto muito de vocês, mas vou ausentar-me por uns dias para descansar. beijinhos repenicados e cafunés na "covinha do ladrão" (aka nuca)

quinta-feira, julho 12, 2012

- original soundtrack -















Know it sounds funny
But, I just can't stand the pain
Girl, I'm leaving you tomorrow
Seems to me girl
You know I've done all I can
You see I begged, stole, and I borrowed! (yeah)

Ooh that's why I'm easy
I'm easy like Sunday morning
That's why I'm easy
I'm easy like Sunday morning!

Why in the world would anybody put chains on me?
I've paid my dues to make it
Everybody wants me to be
What they want me to be
I'm not happy when I try to fake it! no!

Ooh that's why I'm easy
I'm easy like Sunday morning
That's why I'm easy
I'm easy like Sunday morning!

I wanna be high, so high
I wanna be free to know
The things I do are right
I wanna be free
Just me! Whoa, oh! Babe!

That's why I'm easy
I'm easy like Sunday morning, yeah
That's why I'm easy
I'm easy like Sunday morning, whoa
'Cause I'm easy
Easy like Sunday morning, yeah
'Cause I'm easy
Easy like Sunday morning

(Easy, versão Faith no More)
- não vai mais vinho para essa mesa -

[tarde de S. João, no lado de Gaia, junto às caves do vinho do Porto, duas vendedoras comentam um grupo de turistas vestidos de branco]
- Ó môr, hojá casamento?
- Acho que náão, porquê?
- Aqueles c******* estão bestidos de bránco!
- ars longa, vita brevis -
hipócrates

antes e depois ou como estou vai não vai para mudar esta rubrica porque estou a ficar sem ideias. o que vale é que tudo as coisas vêm e vão e por isso daqui por uns dias descubro mais uma cindy sherman ou um bill viola a fazer uso das imagens dos Grandes Mestres. às vezes canso-me destes posts. parece que já descobri tudo o que havia para descobrir. é como bordar: a partir do momento que a percebemos o truque deixamos de ter interesse naquilo. bem, vamos ao post. convém dizer que esta associação entre o dürer e o vasco fernandes não foi feita por mim; foi um dos professores que nos alertou para esta semelhança. As imagens que usei encontrei-as na net, embora o site o museu grão vasco... não exista. nem sei porque é que fazem isso. criavam um site com as obras básicas, contactos e as actividades. a manutenção de um site não é assim tão difícil.
bem, voltado à "vaca fria". A primeira imagem é a melancolia de Dürer (quando escrevo "melancolia" lembro-me sempre da "melancia de Dürer", que não existe, mas que se existisse seria lindo com a melancia aborrecida). Dürer é conhecido, também, pelas suas gravuras e esta, a da Melancolia é uma das mais complexas. O ser alado que representa a Melancolia, apoia a cabeça na mão numa pose introspetiva, enquanto na outra segura um compasso. Este não é o único objecto nesta imagem que tem um significado mais profundo. Vemos que a mesma está rodeada de outros como a esfera, o poliedro gigante, mas também o martelo, a escada, o sino, a ampulheta, o quadrado mágico e a balança. Alguns como o martelo e o compasso, o formão e  o esquadro são uma alusão à arquitetura; a esfera e o poliedro representam a geometria e a ciência. O quadrado mágico, lidas as linhas ou as colunas, a soma dos seus números vai ser sempre igual a 34. Existe também um cão a dormir junto à figura alada e um querubim sentado em cima de uma mó. Ao longe, do lado esquerdo, vemos uma figura semelhante a um morcego que segura uma faixa com a palavra "Melancolia". Como vemos, os diferentes objetos e a palavra "melancolia", mostram-nos que a melancolia e a criatividade andam de mãos dadas. Acreditava-se que, embora a melancolia subtraísse interesse à criação artística, era também necessário um certo humor melancólico para poder criar. Claro que nessa altura, e a meu ver, havia uma sobrevalorização de estados propícios à criação. A ideia, que o Romantismo reabilitou, que o artista necessitava de ter uma alma atormentada e uma vida miserável ou exótica para que a sua obra fosse mais verdadeira. Isso é muito bonito, mas a verdade é que muitos bons pintores e escultores de sempre tiveram uma vida absolutamente normal. Hoje, e na minha opinião, dá-se muita importância à criatividade. O pior é que a criatividade não é nada sem a prática da mesma, sem a concretização e nem toda a gente tem de ser criativa. É por isso que somos um país de Oliveiras das Figueiras (do Tintin) sempre a criar coisas de que ninguém precisa.
O quadro de Vasco Fernandes, faz parte de um conjunto muito bom deste autor. Não o conheço muito bem, mas acho que Vasco Fernandes está ao nível de Petrus Christus, por exemplo, ou de Van Eyck. Há pormenores (talvez não nesta pintura, mas em outras) que mostram a grande cultura do autor e o seu conhecimento do mundo retratado e das fontes. Isto indica não só uma grande divulgação das gravuras e das obras de arte, mas também o estudo do universo retratado. Vejamos que neste quadro há referência à arquitetura clássica, ao trabalho de tecelagem (colocação de um tapete sob a toalha da mesa), à geometria (na pavimentação)... 
bem, certa de que adoraram e que querem ser meus amigos e gostam muito de mim, e pátati-pátatá, vou-me emborinha. abraços e beijos repenicados e tudo e tudo e tudo.


















Dürer
Melencolia I
1514
Kupferstichkabinett, Staatliche Kunsthalle, Karlsruhe



















Vasco Fernandes
Cristo em Casa de Marta
c. 1535
Museu Grão Vasco, Viseu

















Vasco Fernandes
Cristo em Casa de Marta (pormenor)
c. 1535
Museu de Grão Vasco, Viseu
- o carteiro -

mais uma corrida, mais uma viagem. continuo com a análise das prefigurações do Speculum. Bem sei que vocês preferiam outras coisas, mas é que acho, não sei, tenho um feeling, que isto me vai ser útil no futuro. Para além disso, sinto um certo prazer em descobrir que cenas do Antigo Testamento acompanham as cenas do Novo. Tínhamos ficado nos Esponsais da Virgem. Segue-se, segundo o ciclo da vida da Virgem, a Anunciação, mas como já falei dela, passo para a Natividade de Jesus Cristo. Todo o Novo Testamento fala do nascimento de Jesus, embora determinados pormenores chegados até nós sejam obra dos Evangelhos Apócrifos. Por exemplo: nos textos canónicos nada diz que os reis se chamavam Gaspar, Baltasar e Melchior, nem que um deles era negro, nem que lhe ofereceram ouro, nem que eram três. Mateus é muito parco quanto ao nascimento de Jesus. Fala nisso no seu evangelho, capítulos 1 e 2; Marcos não fala do nascimento de Jesus, nem Lucas, nem João. Por isso, como vemos, as descrições foram depois variando e veiculou-se uma ideia que não é propriamente a canónica. no entanto, não há problema: os tratados sucessivos foram acrescentando dados à crença. O cristianismo era uma religião em construção. Hoje parece que já tudo está construído...

















A Natividade de Jesus surge no Speculum acompanhada de mais três imagens. A primeira refere-se ao sonho do copeiro-mor do faraó. O copeiro-mor e o padeiro-mor ofenderam o faraó e para castigá-los, este mandou que fossem presos. Já no cárcere os dois tiveram sonhos que os perturbaram. O copeiro-mor sonhou que estava diante de uma videira com três ramos. A planta floriu, as flores cresceram e os rebentos deram boas uvas. O copeiro via-se no sonho com uma taça na mão a colher uvas e espremê-las para dentro da taça (O copeiro-mor contou o seu sonho a José, dizendo: «No meu sonho, uma videira estava diante de mim. E nessa videira havia três ramos. Apenas ela floriu, as flores cresceram e os rebentos da videira deram uvas maduras. Eu tinha na mão a taça do faraó, colhia as uvas, espremia o sumo na taça do faraó e apresentava a taça ao rei.» - Gn40, 9-11). José (mas não o pai) foi chamado para interpretar os sonhos e relativamente ao copeiro mor disse que os três ramos significavam os três dias na prisão após os quais o criado seria libertado. Ora eu não vejo muito bem a relação entre este sonho e a Natividade de Cristo. Não sei de que forma este sonho pode predizer a Natividade. Mas li que José pode ser a prefiguração de Jesus. Tal como Jesus, José foi humilhado, vendido pelos seus irmãos, despojado das suas vestes e depois conquista as graças do faraó, foi nomeado governador e tornou-se o homem mais poderoso do Egipto (apenas submisso ao faraó). Da mesma forma Jesus se tornou o mais poderoso após Deus.


















A terceira imagem do Speculum relativa a esta cena é o florescimento da vara da Aarão. Já tínhamos visto uma outra vara a florir (não sei o que me parece falar da vara a florir! Parece uma piada sexual). Era a vara de José que havia florido dando assim sinal que era ele o escolhido para ser marido da Virgem. O episódio da vara da Aarão surge nos Números (Nm 17, 16-21). Aarão e Moisés sofreram várias rebeliões durante o seu ministério, rebeliões estas que tiveram lugar porque nem um nem outro possuíam símbolos de autoridade, símbolos visíveis que os identificassem como servos diretos de Deus, escolhidos para guiar o povo até à terra prometida. Deus ordenou então que cada um dos representantes das 12 tribos trouxessem uma vara de amendoeira com o nome da respetiva tribo escrito e a colocasse na tenda para que ela florescesse. No dia seguinte foi a vara de Aarão, representante da tribo de Levi, que estava florescida. "O Senhor disse a Moisés: «Fala aos filhos de Israel e toma deles uma vara, uma vara por casa patriarcal, de todos os seus príncipes, pelas suas casas patriarcais: doze varas. Escreverás o nome de cada um na sua vara. Escreverás o nome de Aarão na vara de Levi, porque só haverá uma vara para cada chefe de casa patriarcal. Depositá-las-ás na tenda da reunião, diante do testemunho onde Eu me revelo a vós. Florescerá, então, a vara do homem que Eu escolher e farei desaparecer da minha frente as murmurações que os filhos de Israel fizeram contra vós.»" Ora o que é que eu concluo é que tal como Jesus foi escolhido entre os demais, também a vara de Aarão foi escolhida entre as outras varas. A vara de amendoeira nascia no Egipto e em Israel e florescia primeiro que as outras árvores e as suas flores espalhavam o seu perfume. Tal como as flores deitavam o seu perfume e traziam esperança ao mundo, assinalando assim o fim do Inverno, também Jesus ao vir ao mundo colocou fim ao Inverno do povo de Israel. Para além disso, ao dar um poder especial a Aarão, Jesus deu ao seu povo um novo líder, tal como, quando nasceu, Jesus se tornou o líder.

















Por fim, a quarta imagem é a de Augusto e a Sibila de Tivoli. Eh pá..., não me perguntem quem é. Para já, e ao contrário das outras prefigurações cujos episódios se encontram no Antigo Testamento, este episódio da sibilia encontra-se na Legenda Áurea de Vazari. A sibila de Tivoli, também chamada de Albunea é importante para o Cristianismo devido ao seu encontro com César Augusto. O senado romano desejava deificar o imperador, mas este, ciente da sua mortalidade, foi ter com a sibila para saber se existiria alguma vez um homem mais poderoso que ele. A resposta da sibila chegou no dia do nascimento de Cristo, quando no céu Nossa Senhora apareceu no centro de uma auréola dourada formada em volta do sol. Uma voz disse: "a mulher é o altar do céu" e a sibila corroborou: "A criança será mais grandiosa que tu". Foi assim que Augusto acabou por dedicar à Virgem o altar de Santa Maria in Ara Coeli. (quem faz palavras cruzadas sabe que "altar primitivo" com três letras, é "ara"). Bom, quanto a esta prefiguração, acho que não é necessário explicá-la, é muito óbvia.































Queria só dizer para o pessoal que vem aqui, para não copiar o conteúdo, porque nem sempre aquilo que escrevo está certo. Vou embora. A esta hora da noite sinto-me sempre esquisita.



















Rogier van der Weyden
Bladelin Triptych (César Augusto e a sibila tiburtina)
1445-50
Staatliche Museen, Berlim 
- o carteiro -

novas do mundo da arte e mais coisas que vocês já sabem porque estão sempre em cima do acontecimento
[1]
A Tate Gallery criou, juntamente com o Arts and Humanities Research Council e o Channel 4 um museu virtual chamado The Gallery of lost Art. O que este esta galeria/museu tem de especial é que é composta por obras de arte que não existem; ou seja, por obras de arte que se perderam ou foram destruídas. As obras são mostradas, mas também são descritas quanto ao percurso que levou ao seu desaparecimento, tenha sido ele devido à destruição, ao fim (as obras de arte efémeras), ao roubo, à negligência, à censura ou devido à rejeição.
[2]
A National Gallery convida-nos, pela mão de Mark Wallinger, vencedor do Turner Prize a espiar mulheres na banheira. Calma! O que eu quero dizer é que a National Gallery continua uma tradição Renascentista de espiar o nu, neste caso inserida na exposição Metamorphosis: Titian 2012 (este ano foi dedicado a Ticiano). Parte da exposição é dedicada a Diana que também foi pintada por Ticiano, principalmente nas obras Diana e Actaeon, A morte de Actaeon e Diana e Calisto. Trata-se de um convite ao voyeurismo a que o próprio Actaeon acedeu, embora a nós soe bastante impróprio
[3]
Mademoiselle Julie (eu vou)
[4]
Será que me podiam dar ideias para um livro? Não consigo ler Beckett, James Joyce ou Harold Pinter. Acabei de ler "Reviver o passado em Brideshead". Sugeriram-me "O eleito" (Thomas Mann) e "O sapato de cetim" de Paul Claudel. Que me dizem? Precisava mesmo de uma ajuda.



sábado, julho 07, 2012

- não vai mais vinho para essa mesa -


















...tem direito a um ambientador nas fraldas ou a sopa passada?

quinta-feira, julho 05, 2012

- original soundtrack -
[sei que já postei, mas que se lixe. a música é muito boa]
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milénios, milénios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

(Futuros amantes, Chico Buarque)
- o carteiro -


não percebo nada desta formatação nova. a sério pá!
Bem, estou a pensar aqui numas coisas. Uma delas é fazer aqui a explicação de todas as prefigurações existentes no Speculum Humanae Salvationis. Já disse aqui que o Speculum foi um livro escrito no século XII por Ludolfo da Saxónia e que era, acima de tudo, uma fonte gráfica, embora tivesse componente escrita. Servia acima de tudo para relacionar passagens do Novo Testamento e do Antigo, demonstrando assim, como disse Santo Agostinho, que no Antigo Testamento estava latente o Novo Testamento e que no Novo Testamento estava patente o Antigo: Cristo é o novo Adão, a sabedoria divina é uma mulher... O Speculum, pelo menos a versão que encontrei disponível na internet, começa com imagens do anúncio do nascimento da Virgem a Joaquim. Todos os episódios da vida da Virgem, até aos esponsais, encontram-se nos Evangelhos apócrifos, razão pela qual, para já, não irei falar deles. Começo assim no terceiro episódio que diz respeito aos Esponsais da Virgem e de São José, que surge já na Bíblia.

O problema, no meu entender, destas prefigurações, é que essa ideia de que aquilo que havia de vir já estava de alguma forma prevista, não é assim tão linear. Isso acontece de facto em alguns episódios como na Natividade, por exemplo. Ou na Ressurreição de Cristo, mas não acontece sempre assim. 









































Os Esponsais da Virgem foram algo pensado. Segundo os apócrifos e a Legenda Áurea, quando a Virgem saiu do templo (Maria tinha sido educada no templo), e atingida a idade de casar, foi-lhe escolhido um esposo. O esposo deveria ser alguém da casa de David. Segundo o protoevangelho de Tiago, Zacarias reuniu os viúvos e ordenou-lhes que deixassem as suas varas no altar. Foi então que entrou uma pomba e pousou em cima da vara de José que floresceu, tal como havia dito Isaías no AT: "Brotará um rebento do tronco de Jessé..." (1Is, 11:1). Segundo Mateus (1: 1-17), os antepassados de Jesus pertenciam à árvore de Jessé. (Desculpem lá, mas não vou fazer transcrição porque é muito grande).
A segunda imagem que seria do Antigo Testamento é do Livro de Tobias. Trata-se dos esponsais de Sara e Tobias. Tobias é uma personagem interessante. Era filho de Tobite que era cego e partiu com o anjo Rafael sem saber que se tratava de um anjo. O que se destaca em Tobias é o facto de ele ter ficado com as vísceras do peixe, tal como Rafael lhe ordenava e com elas ter curado o pai. Tobias guarda em frascos diferentes o coração, o fel e o fígado do peixe, tal como fizeram os egípcios com as vísceras do morto que eram armazenadas em recipientes diferentes.
O casamento de Tobias com Sara é uma história muito estranha. Tobias parte com Rafael para recuperar um dinheiro que havia perdido e quando chega ao seu destino, encontra o pai de Sara que pagou a dívida do pai de Tobias, bem como a própria Sara. Ela queria um marido que não morresse (os sete anteriores tinham morrido por acção de um demónio, durante a noite), ele queria que o seu pai ficasse curado e já agora, uma mulher.  Casaram-se e na primeira noite, em vez de fazerem o que Deus mandou, ficaram os dois acordados a rezar e a pedir a Deus que os mantivesse juntos até chegarem a velhos. Para além disso, e lembrando-se do que Rafael lhe tinha dito, Tobias retirou as vísceras do peixe do saco e queimou-as. O cheiro das vísceras afastou o demónio que ao fugir foi capturado por Rafael.
























Pieter Lastman
The wedding night of Tobias and Sarah
1611
Museum of Fine Arts, Boston
Segue-se a imagem da chamada Torre de Baris. Ora aqui está um grande problema! Vista a bíblia de cima a baixo, da esquerda para a direita, e da direita para a esquerda, não foi encontrada referência a esta torre. Os asmoneus eram a dinastia no poder em Jerusalém durante o tempo de Jesus. Construíram uma cidadela chamada que no tempo de Jeremias foi chamada Torre de Hananel ("Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que esta cidade será reedificada para o Senhor, desde a torre de Hananel até à porta da esquina", Je 31: 38), mas que os asmoneus chamavam de Baris ("There is a great mountain in Armenia, over Minyas, called Baris, upon which it is reported that many who fled at the time of the Delugue were saved; and that one who was carried in an ark came on shore upon the top of it, and that the remains of the timber were a great while preserved . Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, cap. III, 6) A torre de Baris, por ser inexpugnável, seria comparada com Maria, embora esta relação não me convença quase nada.

Chega por fim, a Torre de David. Esta representação da torre de David é claramente uma analogia com Maria. Se repararmos, nas litanias da Virgem, uma delas é "Torre de David, rogai por nós". Aliás, o Cântico dos Cânticos, cap.4, vers.4 (A.T.), diz o seguinte: "O teu pescoço é como a torre de David erguida para troféus: dela pendem mil escudos, tudo broquéis dos heróis." O Cântico dos Cânticos fala do amor entre o homem e a mulher; entre Cristo e a Igreja, para os cristãos, ou então - e isto numa visão mais estrita - Salomão e Sulamita. Desta forma Sulamita seria, para o A.T., Maria. Uma era o amor sensual e a outra o amor espiritual. Desta forma Maria seria comparada a uma fortaleza que guarda as armas dos homens valentes. E esta relação entre Maria e a luta, a guerra, não pode ser tida como forçada, pois mesmo aqui em Portugal, Maria era muitas vezes invocada em batalhas ou momentos de aflição. Tal como a torre de David, Maria permanece imutável com o passar do tempo. Tal como a torre de David, Maria está estrategicamente elevada no mais alto ponto do céu, abaixo de Deus, apenas.


Bem, e com esta me vou. Estou certa que vão ler isto e adorar e por aí em diante...
- ars longa, vita brevis -
hipócrates

antes e depois ou como às vezes não me apetece postar. não é que ache o conteúdo deste post mau e por isso ele me mereça este tipo de observação como se, por às vezes não me apetecer postar, postasse coisas más. tento não fazer isso, tento não sair da concha quando não me apetece postar. não sei... às vezes também me sinto menos bem, com vontade de vos mandar e dar uma volta a outros blogs. às vezes até a ideia que me possam ler me dá vontade de não postar, como se fosse um abuso da vossa parte. mas a verdade é que eu é que escrevo e por isso, ponho-me a jeito (detesto esta expressão, parece uma posição sexual). não levem a mal, eu é que às vezes não estou nos meus dias. acho que já contei isto: tinha uma colega - e ainda tenho - que acreditava que quando fechava os olhos os outros não a viam. e às vezes tenho vontade de fazer isso e acreditar nisso.
vamos ao que interessa que ninguém vem aqui por causa das minhas crises existenciais. Ora bem, a primeira imagem é de uma estátua de atena. como deusa protetora da cidade de atenas e da vida civilizada, Atena opõe-se de forma veemente a qualquer tipo de conflito, mas se este não pode ser evitado, a deusa é como eu: "pago um boi para não entrar numa briga, e uma boiada para não sair". Se Atena fosse hoje a Atenas teria muito onde usar o elmo. Há duas histórias sobre Atena: uma é a forma como nasceu e a outra sobre a cidade de Atenas. Quanto à forma como nasceu, diz-se que foi da cabeça de Júpiter. Júpiter engoliu Métis quando esta estava grávida. Um dia Júpiter teve umas dores de cabeça tão fortes que pediu a Vulcano que lha abrisse. Ele assim fez e de lá de dentro surgiu Atena, completamente formada (mais uma vez, a teoria do homúnculo, mas desta vez, do "deusúnculo) e armada. Quanto à outra história, é sobre a sua ligação à cidade a que dá nome. Atena e Neptuno concorriam para protetores da cidade de Atenas: Neptuno prometia oferecer água, enquanto Atena apenas prometeu Paz. Os habitantes de Atenas preferiram a paz e o símbolo da cidade tornou-se o ramo de oliveira, também símbolo da paz.
A rapariga na fotografia é uma modelo a desfilar uma das coleções de Alexander Mcqueen, que Deus o tenha.. A coleção em causa chamou-se A Atlântida de Platão e tinha como grande inspiração Grécia, borboletas e o fundo do mar. A coleção é de 2010 e mesmo para quem não aprecia moda, acho que vale a pena dar uma vista de olhos aqui. Vou embora.













Atena

Alexander McQueen
Primavera
2010





- não vai mais vinho para essa mesa -
oh meu deus. o pior de me sentir sozinha, é dizê-lo


domingo, julho 01, 2012

- não vai mais vinho para essa mesa -

para o pessoal que inventa nomes para as operações da PJ e siglas: