segunda-feira, abril 20, 2009

- o carteiro -

quentes e boas do mundo da arte e assim:
ólhó passarinho:
Não se conheciam muitos retratos dele (há cinco tipos de retrato de Leonardo, nenhum oficial, mas todos tendo como denominador comum, a barba), mas foi recentemente encontrado (não sei se isto já saiu em algum jornal, mas para mim é novidade), um retrato de Leonardo da Vinci no vitral da Catedral de Arezzo, na Toscânia, Itália. Alezzandro Vezzosi, director do Museo Ideale em Vinci, na Toscânia (onde Leonardo nasceu em 1452) defende que a personagem que mostra um homem de alguma idade e de barbas brancas, com um chapéu vermelho na cabeça, é, entre muitas das figuras que aparecem naquele vitral, Leonardo da Vinci. O que corrobora esta opinião é o facto de ao lado do suposto Leonardo estar uma figura cujo rosto é muito semelhante ao rosto do apóstolo São Mateus na Última Ceia de Leonardo. A pintura no vidro retrata a cena da Ressurreição de Lázaro e é da autoria de Guillaume de Pierre di Marcillat, um artista francês que viveu entre 1475 e 1529, que foi discípulo de Donato Bramante e Rafael e que muito provavelmente terá conhecido o pintor italiano. Ainda segundo Vezzozi, o vitral deverá ter sido executado em 1520, um ano antes da morte de Leonardo em Amboise, França.
Ó Elvas ó Elvas, Alicante à vista:
Quem for a Alicante entre 2 de Abril e 13 de Novembro, pode trazer, para além dos dentes cheios de torrão, uma fantástica memória daquilo que vai estar presente na exposição “The Body Beautiful in Ancient Greece”, com peças do British Museum. O local a receber esta exposição (que será inaugurada amanhã pela rainha Sofia), é o Museu Arqueológico de Alicante e a mesma vai contar com 125 esculturas, peças de cerâmica, terracota, mármore, bronzes, moedas e alguns manuscritos, incluindo (na categoria “escultura”) o Discóbolo. Gente, é aproveitar porque o Discóbolo só saiu do British Museum para ser exposto num outro museu apenas uma vez. Com esta é a segunda e é aqui bem perto. O rapaz pesa cerca de 700 quilos e tem 1,70m de altura, é bem parecido e é um “must have” para quem gosta destas coisas. E para quem não gosta, também.
“We will allways have Paris” (pelo menos até 23 de Agosto):
Até à data referida, Paris vai ser o centro das exposições interessantes (para além de Alicante). Leve a sua cara metade ou a sua cara inteira e vá a Paris para ver seis exposições imperdíveis. Começamos com “William Blake: le génie visionnaire du romantisme” é uma exposição composta por cerca de 130 trabalhos do artista, trabalhos esses, que pertencem ao British Museum (caramba, este ano deve haver limpeza de pó no British!) que vai estar patente no Petit Pallais em Paris, de 2 de Abril a 28 de Junho
Na Galerie Azzedine Alaïa poderá ver a 52º edição do World Press Photo - 2009. De 6 a 27 de Maio (é pouquinho, mas é para dar para todos). O vencedor deste ano é Anthony Suau.

Teremos também Alexander Calder no Centro Pompidou com a exposição “Alexander Calder: Les années parisiennes”. Diz-se que o trabalho do americano Calder mudou depois de uma temporada no atelier de Mondrian. Para esta já foi inaugurada no dia 18 de Março, mas tem até 20 de Julho para vê-la.

Já inaugurada também e mesmo no limite do prazo a excposição “Paul Morrissey: Photo Opportunities” na Galerie Basia Embiricos. Paul Morrissey foi empresário de Warhol até o início dos anos 70 e o seu trabalho tem como ponto de focagem o ambiente vivido na Factory . Poderá conhecer o trabalho até dia 30 de Abril.

No Musée du Luxembourg e até 2 de Agosto estará patente a exposição “Filippo et Filippino Lippi: la Renaissance a Prato” Prato foi a cidade onde Filippino, filho de Filippo Lippi e de uma freira nasceu, e é também a cidade que a partir do século XV rivaliza com Florença em crescimento económico. Pai e filho pintaram muito a vida da cidade e a vida monástica, claro!

Deixo para o fim uma sugestão menos mediática, mas nem por isso menos interessante. A exposição intitulada “Silent Writings”, que poderão ver no Espace Culturel Louis Vuitton até 23 de Agosto de 2009 mostra uma parte do trabalho do grupo Louis Vuitton em recuperar os Moais da Ilha de Páscoa até 2009, com a construção de um centro de desenvolvimento e da Rapa Nui Foundation. O projecto chama-se “Moai: journey of light”. Em 2010, o ano do culminar do projecto, o espaço parisiense albergará, em regime de empréstimo o Moai, escolhido pelo povo de Rapa Nui como uma mensagem de Paz. Então até 23 de Agosto o espaço cultural Louis Vuitton dá a conhecer aos seus visitantes as 3 placas hieroglíficas “Rongo Rongo” que até hoje e desde a sua descoberta nunca forma decifradas.

1 Comments:

Blogger João Barbosa said...

a mnina é uma verdadeira agenda cultural de âmbito europeu. acho bem.

20/4/09 10:56 da manhã  

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