segunda-feira, junho 30, 2008

- original soundtrack -

And I'm gonna be high as a kite by then
I miss the earth so much I miss my wife
It's lonely out in space
On such a timeless flight

And I think it's gonna be a long long time
Till touch down brings me round again to find
I'm not the man they think I am at home
Oh no no no I'm a rocket man
Rocket man burning out his fuse up here alone

Mars ain't the kind of place to raise your kids
In fact it's cold as hell
And there's no one there to raise them if you did
And all this science I don't understand
It's just my job five days a week
A rocket man, a rocket man
(…)

(Rocket Man, Elton John)
- o carteiro -

morte: o último tabu - II
Chamam-lhe o último tabu na arte: a beleza da morte. Depois do tabu do sexo, vem o da morte. Claro que a morte desde sempre foi retratada na pintura, na escultura, nas instalações e mais remotamente, como nos vasos gregos, por exemplo. Havia uma ritualização da morte na Antiguidade, assim como hoje existe em países Sul-Americanos. Temos rituais de morte como a colocação da moeda na boca do morto para pagar a sua entrada no mundo subterrâneo e a viagem pelo Hades, temos as imagens de Goya, os desastres de Guerra e outros, temos também as representações de Saturno, retratado na sua melancolia ou a comer os próprios filhos, Laocoonte, a Medusa, a lição de anatomia do Dr. Tulp, um Picasso inicial que retrata uma cena de um morto na cama e mais recentemente, a polémica em torno da publicidade da Benetton em que um homem, muito semelhante a Jesus Cristo é assistido no seu leito de morte enquanto definha com SIDA.
Na década de 70 artistas como Marina Abramovic, Rudolf Schwarzkogler, Gina Pane e Valie Export e mutilaram-se, queimaram-se, ou auto infligiram-se de alguma maneira, como forma de compreenderem a relação entre si e o seu corpo. Chris Burden, por exemplo, pediu ao seu assistente que o atingisse com um tiro no braço, Reg Broadfoot comeu-se (isso deve ser difícil!), Sebastian Horsley crucificou-se e o artista checo Tomas Ruller imolou-se em memória da invasão da Republica Checa por parte da Rússia em 1968. Mas no decorrer desses anos e no decorrer destes últimos algumas diferenças podem ser apontes. Se olharmos para as obras de Gina Pane e Abramovic vemos nelas alguma relevância; ou seja, achamos que foram necessárias. Com isto não quero dizer que as novas e permissivas fronteiras artísticas sejam irrelevantes, mas o que movia esses artistas era a exploração de novas teses, de novos suportes e temas, era a transposição para o palpável (em alguns casos) de teorias académicas e ideias vindas das tertúlias. Hoje, o que move os artistas e casos que vamos abordar é a especulação em torno da arte. Uma série de galeristas e respectivos prémios, a valorização de uma produção quase massiva de constantes novidades e consequente consumo por parte de uma elite até então desconhecida, levou a que estas obras tenham o mesmo denominador comum: uma predisposição para fazer as parangonas através do choque.

Os exemplos actuais deste ressurgimento da morte são múltiplos e ainda que se possa alegar diferenças entre os anteriores e estes, ninguém consegue dizer quais são. Primeiro foi o anatomista Günther von Hagens, que trouxe a Portugal a exposição “O corpo humano como nunca viu”. Passou um pouco despercebida nestes meios, pensando-se mesmo (as conversas que tinha indicavam isso), que seria mais um estudo de anatomia do que uma suposta exposição de arte. Von Hagens que é médico trabalha o corpo humano morto, não autorizado nem pelo morto quando estava vivo, nem adquirido da forma mais ortodoxa. Foi mesmo acusado de roubar cadáveres na China, local onde vive e facturou com as suas exposições cerca de 250 milhões de reais. Guillermo Vargas, também conhecido por Habacuc ficou ainda mais célebre com a obra Natividad em que deixava morrer um cão sem os tratamentos básicos, num espaço expositivo. Perante os visitantes e tendo este à sua frente escrito na parede, com ração para cão: és o que lês. O cão vadio de nome Natividad estava obviamente preso e não podia chegar até à comida. Não foi solto por ninguém, mas há quem diga que também não morreu. Terminada a exposição o cão tinha sido solto e recebera todos os tratamentos necessários. Outro caso é o de Gregor Schneider, um artista que explora nas suas obras um lado muito negro da vivência quotidiana humana. Desta vez este artista pretende exibir uma pessoa que decida morrer em público. Procura alguém com pouco tempo de vida que escolha estetizar a sua morte. Um pouco à semelhança daquela caso de um homem que colocou um anúncio a pedir alguém que gostasse de morrer segundo determinadas condições a acabou por conseguir candidatos. O caso seguiu o curso da justiça e hoje já não sei o que foi feito dele. O fotógrafo norte americano Todd Masiel foi parar ao banco dos réus por ter divulgado uma fotografia de uma mão humana, separada do resto do corpo, com tendões e veias visíveis e que foi resultado da morte de uma das muitas vítimas na sequência da queda das Torre Gémeas, aquando o 11 de Setembro. Os media tinham feito um pacto de não publicação de nenhuma imagem das vítimas e esta excepção publicada no New York Daily News fez com que se colocasse em causa a legitimidade para proibir ou autorizar a divulgação da morte humana e a forma como se ocultam os fantasmas de guerra, visto a mesma ser resultante de um atentado terrorista e em última análise, de uma guerra. A mesma fotografia dá seguimento e sustenta a tese em que se apoia a exposição “Controverses” (Musée de L’Elysée, em Lausanne), que mostra também as imagens captadas em Abu Ghraib. Fala-se agora (o Guardian há muito tinha dado a notícia, mas esta só há pouco chegou até nós), de uma finalista de um mestrado em Artes em Yale que quer apresentar, como trabalho de final do curso uma auto-performance. À semelhança do que aconteceu com Orlan que se submeteu a inúmeras operaçõies plásticas para, segundo ela, questionar os padrões de beleza actuais e a forma como nos são impostos, a jovem Aliza Shvarts pretende, durante nove meses, auto-enseminar-se (não sei se isto é um pleonasmo) e provocar abortos, um aborto por mês através de medicamentos. O processo incluirá também a recolha de amostras de sangue periodicamente durante o tempo da “performance” Segundo ela, não será necessário acompanhamento médico porque os medicamentos são legais e naturais e não fabricados em laboratório, os dadores de esperma não foram pagos, foram voluntários e todos fizeram exames de despistagem de DST. Para mostrar a sua performance, Aliza Shvarts vai utilizar um cubo pendurado e à volta desse cubo estão metros e metros de tiras de plástico que vão ser manchadas com sangue dos seus abortos e, para que este não seque, as tiras serão untadas com vaselina.
Ora, tomo este post como um acte prendre; ou seja um “constatei”. Mais do que falar se a arte se deve limitar à esfera do estético e não à do ético, mais do que dizer “é bonito” ou “é feio” (acredito que a arte também se predisponha a que se possa dizer “é boa”, “é má”), importa aqui constatar. Não faço juízos sobre nenhuma das situações apresentadas embora guarde para mim a minha opinião (de que nunca, em nenhuma delas, se conheceu ao certo o que aconteceu e que os partidários dão a sua versão da história efusivamente). Segundo um amigo “se pensas nisso e fazes, então é arte”. Mas recentemente li um crítico de arte que se questionava sobre o que era a arte hoje em dia e concluía mais ou menos da mesma forma que o meu amigo. Dizia: “se eu consigo fazer, então não é arte”. E se existisse um meio-termo: “se eu pensar muito nisso, fundamentar, for capaz de fazer sem esperar reconhecimento pessoal e tão somente o reconhecimento do que é feito, então é arte”. O primeiro juízo esquece a big-brotherização da arte de hoje em dia em que os artistas são aquilo que há uns anos foram os modelos e ainda há menos anos foram os actores. O segundo juízo romantiza a ideia de arte e retoma a princípio de que a arte para ser válida tem de ser realizada por alguém genial. O que me parece errado não é nenhuma das situações embora compreenda que algumas levantem questões éticas e até judiciais; o que acho inaceitável é a passagem da arte para um outro patamar acompanhada do nosso bolorento dito “isto também eu faço”.
- não vai mais vinho para essa mesa -

às vezes perguntam-me: as canções escolhidas querem dizer alguma coisa? ...sim, acho que sim. às vezes é a canção inteira, como o "Brompton Oratory" do Nick Cave ou o "Até parece" da Marisa Monte. outras vezes é só um verso como o “I'm not the man they think I am at home/ Oh no no no I'm a rocket man” de hoje. outras ainda nem a música nem a letra me dizem grande coisa, mas dá-me vontade de postar, são aqueles parasitas musicais com que acordamos de manhã. outras são aquelas ao som das quais dançamos. sim, as canções postadas querem dizer alguma coisa. quanto mais não seja: “gosto muito desta”
- não vai mais vinho para essa mesa -
- estou sim?
- sim?
- estou a falar com a XXXXX?
- é ela.
- olá boa tarde. daqui é a XXXX.
- boa tarde.
- olhe, era só para dizer que o José veio aqui avisar que não podia vir.
- está bem. fica para outro dia. ele que escolha.
- sabe como é... ele é bombeiro e veio avisar que hoje não podia vir porque ía ter um incêndio.
- ars longa, vita brevis -
hipócrates

antes e depois ou “da série, este é o meu preferido. não o é só porque as semelhanças são mais que muitas, mas porque Moore encarna mesmo a alegria que vemos no quadro de Currin. ele pretendia apenas mostrar o lado fútil da alta sociedade nova-iorquina, algo que faz alegando formalmente algumas obras e pintores conhecidos, bem como modelos de pintura reconhecidos. Currin inspira-se em Botticelli e nos modelos de pintura da Flandres, embora às vezes ache que Currin se diverte e bem a ridicularizar as meninas de Renoir. a última exposição de Currin faria corar o próprio Hugh Hefner. mas voltando à Julianne, toda ela é alegria, despudor e polpa. porque a rapariga foi muito bem escolhida e é de facto polpuda. torna real a irrealidade de Currin, uma vez que olhando para as suas mulheres, todas elas parecem apetitosas, mas demasiado trabalhadas; o modelo de beleza das mulheres de hoje levado ao extremo, com peito demasiado grande (para aquilo que é humanamente possível aguentar) e ancas estreitas. é por isso que gosto deste e quem não gostar pode ir dar uma volta aos outros “antes e depois”. é só para avisar que também estive a ver os “antes e depois” e não gostei nada”:

John Currin
The Cripple
1997


Peter Lindberg
Julianne Moore a interpretar John Currin
2008
Harper’s Bazaar

sexta-feira, junho 27, 2008

- original soundtrack -

A Duffy a fazer o caminho de volta. Na versão portuguesa este "Warwick Avenue" seria "Estação de Campanhã":

- o carteiro -

ora vamos lá ver se ainda sou capaz
- o carteiro –
morte: o último tabu I
A difusão das mascaras de morte ou caveiras na arte é um fenómeno que vai desde o véu de Verónica (não confundir com o Santo Sudário. Verónica foi a mulher que, durante a Via Sacra e num momento em que Cristo caiu, chegou até ele com um pano e lhe limpou o rosto. A imagem é bem conhecida de qualquer beato profissional, ou de qualquer curioso que entre numa igreja: em cada um dos altares laterais até à nave existe uma representação da vida de Cristo bem como da vida do padroeiro da igreja. O episódio da Verónica, retratado quase sempre com Cristo ajoelhado vestindo túnica roxa, uma cabeleira em canudos preta e carregando a cruz, não prima pelo bom gosto, mas deve fazer as delícias do secularismo. Verónica vem do latim e quer dizer “Vero Ícone”. Talvez seja por isso que santa Verónica é a padroeira dos fotógrafos, aqueles que captam a verdadeira imagem.), desde o véu de Verónica, como dizia (às vezes perco-me), até Damien Hirst ou se quisermos, até ao vídeo da música “Two Hearts” de Kilye Minogue onde o microfone é uma caveira.

Damien Hirst
For the love of God
2007

A caveira não será um objecto de arte, mas o seu uso está, como pretendo demonstrar, na moda. Desde sempre esteve. Aliás, a morte de Cristo, bem como a sua vida, foi pródiga em renovar e avivar os símbolos dessa mesma morte. Falámos da Verónica e do Santo Sudário, em muitas representações do rosto quase esquelético de um Cristo moribundo e flagelado até ao limite aceitável principalmente na arte bastante ortodoxa dos países baixos, mas também em representações de naturezas mortas, de São Jerónimo, e já fora do âmbito da arte sacra, ou da arte com inspiração nos ensinamentos religiosos, as máscaras da morte de James Ensor ou a caveira que descansa em anamorfose no tapete de “Os Embaixadores” de Holbein. Seja como for, para a arte Ocidental, a caveira vai estar sempre relacionada com a religião, com a vida de Cristo ou dos santos, com a culpa e com a morte. Há uma mais valia dos países europeus face à teórica hegemonia religiosa dos Estados Unidos no que à arte concerne. Apesar da diversidade de cultos no país, a verdade é que cada um desses cultos procura, na sua zona de influência, limitar a interacção entre a história da religião e a arte. Na Europa, com muitos ou poucos ateus, com muitos ou pouco agnósticos, não se pode ignorar o papel primordial que a religião teve na criação artística. Diga-se antes “goste-se ou não se goste”, as raízes da arte europeia estão fundadas no terreno da religião e a ninguém passaria pela cabeça de ninguém o veto da escolha pessoal da crença na teoria evolucionista ou criacionista. Voltando a Hirst e às caveiras cobertas de jóias, pode dizer-se que a grande influência desses artistas são no fundo as peças de arte pré-columbiana que podemos encontrar no British Museum.


Daniel Johnston
In Hell there are no friends
2001


No entanto, e apesar de não ser, como disse, um tema recente na arte mundial, a representação de caveiras teve nos últimos anos um novo fôlego que é tanto um recuo aos primórdios da arte, como é uma incursão pelos universos alternativos do gótico e mesmo uma crítica social relacionada com essa apologia da morte na arte sacra e com a banalização do desrespeito pela vida humana nos mass media. A difusão de caveiras enquanto imagens com algum conteúdo eram já uma realidade em t-shirts e pins pelo menos no contexto do movimento punk. E mesmo quem não considerava pertencer a esse grupo, usou, mais cedo ou mais tarde alguma peça de vestuário ou acessório com uma caveira. É talvez a visão moderna e a homenagem actual ao culto funerário. Mesmo antes da caveira de Damien Hirst coberta de 8601 diamantes e vendida por 20 milhões de euros, Bruno Peinado e a sua Vanity Flightcase havia coberto uma caveira com brilhantes ou diamantes. Colocada sobre uma mala e dentro de um espaço semelhante a uma discoteca, é uma clara alusão às novas “vanitas”.
Bruno Peinado
Vanity Flightcase
2005


Igualmente curiosa é a caveira de Taku Anekawa, “Ito_docuro”, uma caveira que é apresentada como fruto de um negativo, uma vez que ao contrário do que costuma acontecer, a caveira é negra e os orifícios é que estão a branco.

Taku Anekawa
Ito_docuro
2005

Mais paradigmática e menos dada a interpretações várias é a obra de Gastón Pérsico denominada “Heavy Metal Vol. 666 (Nietzsche). Aqui a caveira é directamente relacionada com as forças do mal e com o Anti-Cristo – daí a inclusão de fotocópias do livro “O Anti-Cristo” de Nietzsche e também com outras alusões menos imediatas. Podemos ver como na base dos livros estão dispostos alguns pintainhos de peluche. Quem se lembra dos Kiss, o grupo musical cujos membros actuam com o rosto pintado em tons preto e branco, e desenhos muitas vezes semelhantes a caveiras (o seu estilo musical é o heavy metal e daí a relação com o título da obra), lembra-se também que um certo mito urbano – não sei se já confirmado ou não – referia a prática comum dos membros da banda nos seus concertos de pisarem pintainhos vivos.
Gastón Pérsico
Heavy Metal, vol. 666 (Nietzsche)
2007
Várias actualizações podem ser feitas e este texto: o novo filme de Indiana Jones tem por título “Indiana Jones e o reino da caveira de cristal”, Grayson Perry, um artista britânico decidiu representar a Grã-Bretanha através de uma caveira coberta de símbolos turísticos do seu país tais como o rosto da rainha, os autocarros, a torre de Londres, a bandeira e Ana Bolena, entre outros. Supostamente a caveira representa o fim do Império. O seu conterrâneo Stephen Gregory reclama no entanto que as suas caveiras são diferentes porque ao contrário de Hirst que trabalhou diamantes sobre platina, Gregory trabalhou pérolas e lápis-lázuli. Mais: a de Gregory tem olhos, supostamente para poder olhar para trás, enquanto a de Hirst, diz ele, é tão cheia de brilho que ofusca os olhos dos outros. (Seja como for, a caveira de Hirst já ficou para a história ). A caveira associada à morte que por sua vez está associada à velhice e ao fim do ciclo da vida é fonte de atracção para os mais novos. Não obstante a sua repetição muitas vezes incipiente, a postergação da caveira é um sinal de que o artista de hoje é também aquele que trabalha com outras músicas.

Grayson Perry
Head of a Fallen Giant
Victoria Miro Gallery



Stephen Gregory
- não vai mais vinho para essa mesa -

comer dourada com dois garfos e só reparar no fim da refeição.
- ars longa, vita brevis –
hipócrates

“Antes e depois” ou, “de onde estas vieram, há muitas mais”, ou “Julianne Moore, uma das actrizes que mais versáteis em fotografia (ela já fez de rapariga do brinco de pérola num ensaio para outra revista, posa aqui como figura de Schiele. Apesar de, formalmente, fotografia e pintura não estarem a cópia uma da outra (mais a primeira cópia da segunda, verdade seja dita), compreende-se bem quem Peter Lindberg quer que Julianne interprete. A alusão a Schiele não podia ser melhor nem a mais adequada à actriz, uma vez que as figuras de Schiele são ossudas e angulares, um pouco telúricas no sentido de não terem nada de extraordinário, de etéreo e Julianne é delicada e de corpo brunido, este seria o quadro menos comprometedor, não só pela roupa que tapa o corpo e a sua estrutura, mas também porque há um tom de desafio na retratada que Julianne interpreta bem e ao qual dá mais ênfase. Ela retira a cabeça pousada no joelho que está no original e olha para quem a olha com uma madeixa ruiva sobre a testa. E sabe-se que o verde fica sempre bem às ruivas”:

Egon Schiele
Sitting Woman with Legs Drawn Up

1917
Narodni Galerie, Praga


Peter Lindberg
Julianne Moore a interpretar Schiele
2008
Harper’s Bazaar
- o carteiro –

Obama is quiet edgdy, you know!
Ele ainda não foi eleito e há mais outro na corrida, mas se Obama já granjeou algo, foi simpatias. No mundo da moda. Ele é um trend setter. Ora vejamos: a Vogue Itália apresenta na sua edição de Julho, quatro capas diferentes todas com modelos negras, a Prada fez desfilar modelos negras na última colecção, após um afastamento de mais de dez anos (desde cerca de 1996 que uma modelo negra não desfilava para a marca italiana), Donatella Versace apresentou a sua colecção masculina para 2009 e confessou que para a mesma foi buscar inspiração a Barack Obama, e por fim, uma notícia mais antiga, mas não menos importante, pela segunda vez um homem posou para a Vogue Americana e esse homem foi o basquetebolista LeBron James. Esta gente enlouqueceu.

sexta-feira, junho 20, 2008

- back to black -