segunda-feira, setembro 24, 2007

- o carteiro -
importam-se?!
A corrida para as eleições presidenciais americanas está a tomar proporções que ultrapassam qualquer campanha de marketing. Aconselhados ou não, os candidatos; ou melhor, as suas respectivas esposas andam numa azáfama a revelar pormenores os casamentos com aquele que poderá ser o próximo presidente dos EUA.

Já antes tínhamos revelado aqui no Belogue a importância da idade das mulheres de alguns candidatos. Depositamos toda a nossa confiança nos casamentos por amor, no sexo só para procriar e nos violinos de Chopin, mas a realidade é que alguns candidatos eram casados com mulheres muito mais jovens. E mostrá-las nas suas roupas mais ou menos reduzidas, mas sempre com sorrisos solícitos e capazes de derreter mais icebergues que o aquecimento global, é uma forma de transmitir uma mensagem: somos homens dinâmicos e com espírito jovem e por isso estas mulheres escolheram-nos. Vocês americanos também podem depositar o vosso voto em nós. (Diz-se até "homem velho e mulher nova, filhos até à cova).

A campanha não se concentra, como seria o mínimo requerido, nas questões de fundo: economia americana, política externa, sistema de saúde, desigualdades sociais... Nos últimos dias tem-se falado de intimidade. A esposa de Rudy Giuliani (cuja vida amorosa e pessoa foi devassada nos meios de comunicação americanos devido aos seus três casamentos e à alegada má relação com as filhas), confessou que o marido era um romântico, mas uma bomba de testosterona. Com isto talvez se pretenda dizer ao povo dos EUA que se o candidato for eleito não será moldável, nem haverá escândalos gay, e que o país terá um líder forte.


Michelle Obama parece ter ido longe de mais no que diz respeito a intimidades; confessou que Barack ressona, que tem mau hálito matinal, que deixa as meias sujas pelo quarto e que fala sobre o período menstrual com as suas filhas. (sobre o período menstrual delas, esperemos). É claramente uma forma de dizer aos americanos que o futuro presidente é um homem como eles. Não há engano, é uma bandeira a acenar a toda a gente e não apenas à comunidade negra.


A John Edwards foi perguntado se a fractura na anca que a sua mulher sofreu terá sido provocada por um valente apertão (mais do que abraço). O candidato nem disse que sim nem que não, o que até faz sentido. É uma forma de manter em aberto a imagem de casal activo apesar do problema da mulher.


Ninguém se esqueça de Hillary Clinton nem de Al Gore. Sobre Hillary pouco haverá a dizer sobre o companheiro que o país não saiba: o escândalo sexual e a revelação pelo próprio na MTV que gostava de usar boxers. Também o companheiro poderá revelar pouco sobre ela uma vez que tal seria fatal para a campanha. Por ser mulher e pelos antecedentes do marido, os pormenores mais insignificantes sobre Hillary iriam ser empolados e ditariam de imediato a sua derrota. Al Gore que não se assumiu como candidato pedimos que seja mais contido nos beijos à esposa...

1 Comments:

Blogger João Barbosa said...

esta "posta" merecia um link para uma música... que tal o Kiss de Prince?

24/9/07 9:27 da manhã  

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