quinta-feira, maio 31, 2007

- o carteiro -



Segundo este artigo da revista Wired, a NASA anda a “sair da casca”. Não bastavam as prioridades da National Aeronautics and Space Administration não estarem em concordância com aquilo que o governo federal pretende como política de investigação espacial, como também vai contra as directivas do próprio governo americano. A investigação sobre os meteoritos e a possibilidade de colidirem com a Terra e quais os estragos que podem causar não está feita, a investigação espacial acerca do aquecimento global que muito longe poderia levar a América e outros países na prevenção ambiental foi relegada para segundo plano, o estudo de Vénus em detrimento de Marte, por ser o planeta mais parecido com a Terra não foi levado a cabo isto porque continuamos todos a acreditar na presença de vida em Marte, como se a vida não pudesse ter formas desconhecidas. A ditadura do carbono no seu melhor! A NASA não só abandonou o projecto de colocar em órbita um satélite que iria permitir estudar o solo de outros planetas, como abandonou a missão de educação e esclarecimento ambiental. A NASA não tem feito o estudo prometido sobre objectos que podem colidir com a Terra, mas pretende de facto dar resposta aos desejos da governação americana de construir uma base na Lua, e vejam só… pretende construir um hotel de 6 estrelas no espaço. Ao preço que as viagens ao espaço estão, só mesmo 6 estrelas do mundo do espectáculo (mais coisa menos coisa), é que poderão sustentar a unidade hoteleira alienígena. Este conluio com o Governo Americano tem uma explicação nada parva: grande parte do staff da NASA tem interesses políticos (talvez não conheçam a palavra “incompatibilidade”). Só para se ter uma ideia do despesismo e até inutilidade (se me é permitido dizer), que grassa na NASA:

In 2004, former astronaut Harrison Schmitt, now an engineering professor at the University of Wisconsin, calculated that NASA can place objects on the moon for $26,000 a pound. At that price, each bottle of water a crew member uncaps will cost the taxpayer $13,000. Even if the new moon rocket being designed by NASA cuts launch costs in half, as agency insiders hope, that's still $6,500 for one Aquafina (astronauts and moon base are extra). Prices like this quickly push the total construction bill for any serious facility into the hundreds of billions of dollars. A private company facing such numbers would conclude that a moon base is an absurd project — at least until a fundamentally different way of reaching space is found — and would put its capital into the development of new propulsion technologies. But NASA takes a cost-is-no-object approach that appeals only to those who personally benefit from the spending.*
Anda a NASA for a de órbita e metade do mundo a acreditar que a NASA dita a ordem cósmica?
*retirado do mesmo artigo