segunda-feira, fevereiro 26, 2007

- ars longa, vita brevis -
hipócrates
antes e logo a seguir:
Baglione arrependido (digo eu), tratou de vestir a personagem que ocupa lugar central na composição. Um anjo mais vingador e guerreiro do que protector e que faz com o braço que se ergue no ar, com a cabeça dirigida para o chão, com o outro braço que quase toca a mão do putti que está no chão, uma diagonal concorrente com a que a asa que se encontra na penumbra, a cabeça e o tranco descrevem. (Eu cá vejo isso na perfeição, mas já vai de cada um. É a vida, dizia o Guterres). Note-se também na primeira pintura que a figura de corpo vermelho em último plano olha para nós e tem um ar endiabrado, parece-se com um sátiro. Na segunda versão está de costas para quem o observa.

Giovanni Baglione
Sacred and Profane Love

1602
Galleria Nazionale d'Arte Antica, Rome


Giovanni Baglione
Heavenly Love and Earthly Love

1602-03
Staatliche Museen, Berlin